O sinal oferecido enquanto simples leigos
Ao longo dos quarenta anos da sua história, a comunidade de Bose enriqueceu-se de pessoas provenientes de diversas regiões de Itália e também do estrangeiro (França, Suiça, Luxemburgo, Espanha e Portugal). É composta actualmente por cerca de noventa membros, entre irmãos e irmãs, de nacionalidades diferentes. São praticamente todos leigos...
seguindo a tradição do monaquismo primitivo e como prova de simplicidade e da pouca visibilidade e relevância que Bose quer ter no seio da Igreja. Nesta mesma Igreja quer servir com a pobreza e a simplicidade de quem, através do baptismo, se compromete a servir o Evangelho e nada mais.
Os seis presbíteros, presentes em Bose e nas fraternidades, garantem os serviços do seu ministério para os membros da comunidade e para os hóspedes. Mas, para lá de alguns acontecimentos extraordinários, suscitados, tão só, pela Graça, o objectivo de Bose continua a ser o de viver uma vida, radicalmente evangélica. Cada um dos seus membros procura isto mesmo através de uma interiorização das exigências evangélicas e vivendo no seu íntimo, na raíz do seu próprio ser, a pobreza, a obediência e a castidade. Cada um procura a unidade da sua pessoa, para oferecer o seu ser indiviso ao Senhor, na assiduidade com Ele e para que seja um sinal credível e autorizado de unidade e pacificação para os irmãos e para os homens que encontra.
Na vida monástica é o Espírito que chama, servindo-se da mediação humana, e não a Igreja através do ministério episcopal, como acontece para os ministros ordenados. Por esta razão e para que seja perceptível, o sinal que o monaquismo constitui exige uma fidelidade permanentemente renovada e criativa à chamada do Senhor. Assim, embora não seja a sua vocação específica, a comunidade pode desenvolver diversos serviços e ministérios, fruto de um discernimento evangélico ou a pedido da Igreja, sem que tais constituam o específico da vida monástica.