Bartholomeos I, Arcebispo de Costantinopla e Patriarca ecuménico, primaz da Igreja ortodoxa, no contexto da visita a Loppiano para receber o doutoramento honoris causa conferido pelo Instituto universitário “Sophia”, na segunda-feira 26 de Outubro de 2015, visitou a nossa fraternidade na Pieve de Cellole, perto de San Gimignano. Chegou a Cellole perto das 13.30, após ter celebrado a divina liturgia na igreja de San Jacopo “Irmão do Senhor”, paróquia greco-ortodoxa de Florença, e ter visitado também a paróquia russa da Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo e São Nicolau (dependente da sua jurisdição).

A delegação do patriarca Bartholomeos era composta pelos seguintes membros: + Apostolos, metropolita ancião de Derchon (Phanar); + Gennadios, metropolita greco-ortod. de Italia e Malta; p. Andreas, Grande Arquidiácono do Patriarcado Ecuménico; p. Evanghelos, vigário geral do metropolita Gennadios; p. Athenagoras Fasiolo, arquimandrita do Trono Ecuménico; p. Ignatios Sotiriadis, arquimandrita do Arcebispado de Atenas; m. Sevastianì, egúmena do Mosteiro de S. Barbara e da Trasfiguração em Montaner; Nikolaos Papachristou, jornalista redator do sito de informação religiosa Amen.gr, e Themistoklìs Karanikolas.

À sua chegada a Cellole, o patriarca foi acolhido pelos membros da fraternidade de Cellole, pelo prior Enzo e outros irmãos de Bose que ali se dirigiram para o evento, por seis bispos da região da Toscana que quiseram estar presentes: + Alberto Silvani, bispo de Volterra; + Antonio Buoncristiani, arcebispo de Siena; + Mario Meini, bispo de Fiesole; + Stefano Manetti, bispo de Montepulciano; + Carlo Ciattini, bispo de Massa Marittima; + Mansueto Bianchi, actual assistente geral da Acção Católica Italiana (outrora bispo de Pistoia e, anteriormente, de Volterra), por uma grande quantidade de presbíteros, religiosos e fiéis das dioceses toscanas (destacamos entre os presentes o presidente da câmara de San Gimignano Giacomo Bassi, m. Monica, superiora do Éremo Agustiniano de Lecceto, perto de Siena, e o p. Brian, superior do Convento de Santo Agostinho em San Gimignano).

Após o ingresso da delegação patriarcal e dos bispos no presbitério da igreja, o prior Enzo dirigiu ao patriarca um caloroso discurso de acolhimento no qual sublinhou, além da alegria desta nova visita, o grande interesse que a comunidade dedica a todas as actividades do patriarca, em particular a sua dedicação ao diálogo ecuménico com a Igreja católica, no qual encontrou um irmão “animado dos mesmos sentimentos” do actual bispo de Roma, o papa Francisco. A propósito desta relação fraterna, o prior mencionou a recente edição de um novo livro do patriarca publicado na nossa editora Qiqajon, Nostra madre terra, que reúne os seus últimos textos sobre o cuidado e a defesa da criação.

Em resposta ao prior, o Patriarca dirigiu uma longa e calorosa saudação à comunidade, aos bispos e fiéis presentes, manifestando a sua grande alegria ao ver a nova fraternidade de Bose que surgiu há pouco em Cellole, um lugar “tão fascinante pela sua beleza e, ao mesmo tempo, tão cheio de um amor palpável”; recordou as características e os compromissos da vida monástica que os monges em Cellole e em todo lugar são chamados a viver, conforme as palavras de João Clímaco (o Sinaíta): ”ser Monge é (viver) uma vida irrepreensível e uma constante custódia dos sentidos... monge é aquele que tem uma alma atenta à lembrança da morte, pronto a aceitá-la e vivê-la…”. De seguida, manifestou a sua alegria pelo recente congresso de espiritualidade ortodoxa sobre o tema “Misericórdia e perdão”, realizado em Bose em Setembreo de 2015, e, para terminar, recordou a figura de são Bártolo Buonpedoni, que viveu em Cellole no séc. XIII, um santo muito semelhante a um outro santo recentemente canonizado pelo patriarcado ecuménico, Nikiforos o Leproso, que viveu em Creta no século passado.

Após os discursos, foi celebrado o ofício monástico do meio-dia, com acção de graças e intercessão pela pessoa e actividade do patriarca ecuménico. Em seguida, a delegação, os bispos e os amigos presentes almoçaram no Mosteiro, num clima de grande fraternidade. Estando à mesa, o patriarca agradeceu pessoalmente aos bispos toscanos pela sua presença e pelo apoio concedido à nossa comunidade; posteriormente, visitou os espaços do mosteiro e o horto, partindo pelas 15.30. À tarde, em Loppiano, decorreu a cerimónia de entrega do doutoramento honoris causa.